Brasília ? A ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino responsabilizou o delegado da Polícia Federal (PF), Tardelli Boaventura, pela divulgação do conteúdo do depoimento dado à PF de Cuiabá. "Hoje, o que acontecer comigo é responsabilidade da justiça", disse ela.
Ao sair do depoimento de 1h30 que prestou à Corregedoria da Câmara, na Superintendência da PF em Brasília, Penha Lima disse ainda que a imprensa publicou informações que não foram ditas por ela. "Eu não disse o nome da deputada Denise Frossard", afirmou.
Penha Lima listou à PF nomes de deputados supostamente ligados às denúncias de compra de ambulâncias superfaturadas, a chamada Operação Sanguessuga.
Ainda hoje, a corregedoria ouve mais sete pessoas acusadas de participar do esquema: dois filhos do proprietário da Planan, Luiz Antonio Vedoin e Alessandra Vedoin; a mulher do empresário, Cleia Trevisan; os empresários Gustavo Trevisan Gomes e Ronildo Pereira Medeiros; o representante comercial da Planan Alessandro Silva de Assis e o motorista ligado à empresa, Felipe Fernandez Freitas, identificado como a pessoa que levava os empresários ao Congresso.
Por questão de segurança, os depoentes estão sendo ouvidos na Superintendência da Polícia Federal. Os depoimentos são tomados pelo corregedor-geral, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), pelo relator Robson Tuma (PFL-SP) e pelo deputado Odair Cunha (PT-MG).