Brasília ? Em depoimento hoje (8) ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, o ex-assessor do deputado Professor Luizinho (PT-SP), José Nilson dos Santos, confirmou a versão de que os R$ 20 mil sacados por ele da conta do empresário Marcos Valério no Banco Rural foram destinados ao pagamento da campanha de três pré-candidatos da região do ABC paulista nas eleições em 2004.

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Ele também afirmou que o deputado não tinha conhecimento da operação. "Eu tinha medo de perder o meu emprego, por isso neguei", disse, ao explicar porque havia negado, em um primeiro momento, que esteve no Banco Rural em São Paulo.

Nilson se disse arrependido de ter "quebrado a relação de confiança" que tinha com Professor Luizinho. Afirmou, ainda, que sacou o dinheiro a pedido do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Delúbio Soares, e que, em nenhum momento, desconfiou da origem do recurso. "Eu confiava no Delúbio. Naquele momento eu acreditei que o dinheiro vinha do PT".

O ex-assessor parlamentar prestou depoimento como testemunha no processo contra o deputado Professor Luizinho. O Conselho de Ética também ouviu outras duas testemunhas no caso: o designer gráfico José Carlos Nagot, responsável pela elaboração das marcas dos três pré-candidatos do ABC paulista, e Daniel Barbosa (um dos três pré-candidatos do ABC paulista).

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Nagot informou que não conhecia Delúbio Soares e que não teve nenhum tipo de relação (pessoal ou profissional) com o deputado petista. Disse também que os R$ 20 mil equivaliam, à época, ao preço de mercado do serviço prestado.

Barbosa, por sua vez, afirmou que foi o ex-assessor parlamentar quem ofereceu o serviço de designer gráfico para a campanha, e negou conhecer o valor a ser pago pelo mesmo. "Nem sabia que o material seria pago. Ele (Nilson) me ofereceu o serviço e eu aceitei", disse.

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