Evo cita união contra império ao criticar FMI e Bird

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta sexta-feira (19) que mineradoras que fazem investimentos no país vão ganhar "tratamento especial" na estatização do setor, que deve ocorrer a exemplo do que já houve no setor de petróleo e gás. Segundo ele, a Bolívia agora quer "sócios que não sejam patrões" e garantam benefícios à sociedade, em vez de apenas explorarem suas riquezas naturais.

"Pensamos sem sectarismo, sem egoísmo e de uma forma que todos as nossas riquezas possam render benefícios para a população boliviana", afirmou o presidente. Pouco antes de entrar na reunião de chefes de Estado para a Cúpula do Mercosul, ele afirmou que é interesse da Bolívia entrar para o bloco econômico sul-americano, mas afirmou que o país não pretende renunciar à Comunidade Andina (CAN).

Morales afirmou que qualquer composição de blocos que integrem economicamente os países da América do Sul são uma forma de "união contra o império dos países desenvolvidos", representado por políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird). "Os programas de reestruturação financeira do FMI no país só fizeram aumentar a pobreza boliviana".

Morales comentou ainda o combate à cocaína. "Mas é preciso lembrar que quem trouxe esta atividade para a Bolívia na década de 60 foram os Estados Unidos, durante a exploração do estanho. Àquela época era favorável aos Estados Unidos que os trabalhadores utilizassem a cocaína", comentou.

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