O governo Evo Morales, da Bolívia, ameaça descumprir um dos acordos fechados com a Petrobras durante a sua visita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em fevereiro, quando os dois países acertaram o aumento do preço do gás. Em nota divulgada ontem, o Ministério dos Hidrocarbonetos boliviano reforçou a sua posição a favor do cumprimento da resolução ministerial 255, que desloca parte da produção dos Campos de San Alberto e San Antonio, operados pela estatal brasileira, para o mercado interno.

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No encontro entre Lula e Evo, ficou acertado que a Petrobras teria um prazo para se adaptar à resolução 255. A empresa alega que a medida passa por cima do contrato de exportações para o Brasil, assinado em 1996. Esse acordo garante à estatal fornecer 23 milhões dos 30 milhões de metros cúbicos enviados por dia ao Brasil.

Segundo as regras estabelecidas pela resolução 255, porém, a fatia de San Alberto e San Antonio no abastecimento interno subiria dos atuais 300 mil para 3 milhões de metros cúbicos por dia. Como os projetos têm uma capacidade diária máxima de 25 milhões de metros cúbicos, Petrobrás e seus sócios – a francesa Total e a espanhola Repsol – teriam de reduzir suas vendas ao Brasil a um máximo de 22 milhões de metros cúbicos por dia.

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