Brasília – A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Grupo Consultivo em Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR) e Banco Mundial promovem amanhã (18) e quarta-feira (19) o Workshop Internacional sobre Desenvolvimento da Agricultura Tropical.
O principal tópico a ser discutido são os fatores que viabilizaram a agricultura tropical em países como o Brasil e a Índia. De acordo com o presidente da Embrapa, Silvio Crestana, este é o tópico principal, mas há outras questões a serem abordadas. ?A questão do resgate da história é importante. Neste workshop vamos resgatar a história de três, quatro décadas de sucesso do Brasil em agricultura tropical?.
?Nós sabemos de antemão que temos vários resultados e sucessos da agricultura, e o mundo todo reconhece, pela potência que é o agronegócio brasileiro, afetando inclusive negociações internacionais?, ressaltou o Crestana.
Silvio Crestana apontou três fatores para o modelo brasileiro tenha dado certo: capacidade de administrar os negócios dos agricultores e dos produtores; investimento público e o compromisso do governo na transformação do Brasil, deixando de ser dependente da importação de alimentos; e a tecnologia. ?Nesses 30 anos nós conseguimos transformar os trópicos de solo inviável para produção agrícola sustentável?, disse.
Apesar da agricultura brasileira ter crescido ultimamente, o país não pretende exportar o modelo que deu certo. ?Nós não estamos querendo levar o modelo para outros países. Alguns países da América Latina, da Ásia e da África tem nos solicitado apoio e tecnologia. Eles têm interesse nos nossos equipamentos para que possam desenvolver. Mas nós não estamos impondo, nem pretendemos colocar o modelo que tenha sido válido para nós em outro país?, afirma o presidente Crestana.
Desafios para o futuro, próximos passos a serem dados no setor, o progresso da agricultura ocorrido em áreas nas quais o desenvolvimento era considerado improvável, são outros pontos a serem abordados no evento.
Além do presidente da Embrapa, participam do workshop os ministros da Agricultura e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luís Carlos Guedes Pinto e Luiz Fernando Furlan, respectivamente; Robert Evenson, professor de Economia e diretor do Programa de Economia Internacional e do Desenvolvimento da Universidade de Yale (EUA); Alan MacDiarmid, prêmio Nobel de Química em 2000 e professor de Química da Universidade da Pensilvânia; o diretor do Banco Mundial, John Briscoe; e o diretor do CGIAR, Francisco Reifschneider.