A evasão escolar sempre foi um desafio e quando a escola não interage com a comunidade o problema se torna ainda mais grave. Esta é a discussão levantada pelo Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão (NRE), que está desenvolvendo o projeto “Em Ação Contra a Evasão”. O Núcleo é vinculado à Secretaria de Estado da Educação e abrange 63 escolas estaduais de 16 municípios paranaenses.

Para viabilizar o projeto “Em Ação Contra a Evasão”, o NRE determinou a todos os 16 municípios a produzirem um diagnóstico contendo as principais causas da ausência do aluno nas salas de aula. Entre os motivos apresentados foi destacado o desejo das famílias em aumentar a própria renda, o que acaba incluindo os adolescentes em idade escolar. Segundo os levantamentos, outra causa comum é a gravidez precoce nas meninas. As informações colhidas estão sendo apresentadas em ciclos de seminários e mesas redondas.

A professora Ivanice Maria Thomé Gabriel, coordenadora do projeto, lembrou que a formação dos alunos envolve um trabalho contínuo e abrangente. “Nosso projeto é a longo prazo e considera o dia-a-dia das escolas. O trabalho é formado de pequenas ações e envolve desde o zelador até o diretor da escola”, explicou. Ivanice salientou, ainda, que o trabalho é coletivo, sobretudo, para a família e a sociedade, “que devem encarar projeto com determinação”.

A coordenadora ressaltou também a importância da participação dos pedagogos das escolas. Segundo ela, eles conseguem identificar quais os alunos que possuem riscos de interromperem os estudos. “Não é só os alunos que já abandonaram o colégio que nós queremos resgatar, mas também aqueles que tendem a abandonar os estudos”, disse Ivanice, afirmando que o trabalho só é possível através da interação e da troca de experiências entre todos os profissionais de educação.

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