Evasão de divisas

Não está fácil a vida do presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, transposto para esse importante cargo no governo Lula depois de ter exercido a presidência do BankBoston e ser eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás.

O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, insiste no Supremo Tribunal Federal (STF) pela quebra do sigilo bancário de duas contas de empresas supostamente controladas pelo atual presidente do BC.

Atendido o pleito, os dados deverão instruir o inquérito instaurado pela referida corte em maio, no qual Meirelles está sendo investigado por evasão de divisas, sonegação fiscal e crime eleitoral. Em qualquer outro país, autoridade monetária de semelhante calibre seria necessariamente afastada do cargo até a conclusão dos trabalhos.

O relator da investigação, ministro Marco Aurélio Mello, não acatara pedido anterior do procurador-geral pela quebra de sigilo, argumentando não ver procedência no pedido e nem necessidade da diligência. A razão alegada por Antônio Fernando de Souza é a presumida participação acionária de Meirelles nas empresas que remeteram dinheiro para paraísos fiscais. O presidente do BC nega com insistência ser dono das mesmas, mas seu nome foi citado no depoimento informal do doleiro Toninho da Barcelona, entre outros demandantes de sua competência profissional.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo