Helicópteros americanos mataram por engano cinco soldados curdos em um episódio de "fogo amigo" ocorrido hoje no Iraque, informaram militares americanos e autoridades iraquianas. "Fogo amigo" é termo utilizado por militares para caracterizar incidentes nos quais forças aliadas tornam-se alvo de ataques não intencionais de seus companheiros. Ao mesmo tempo, o comando militar dos Estados Unidos em Bagdá informou que mais três de seus soldados morreram ontem em combates na província de Anbar.
A morte dos soldados curdos ocorreu no leste de Mossul por volta da meia-noite de ontem para hoje. O Exército dos Estados Unidos informou que o alvo original era um grupo de supostos combatentes da Al-Qaeda. Mais tarde, num pedido de desculpas, o comando militar americano identificou os mortos como soldados curdos, com os quais pretendem trabalhar para garantir a segurança no conturbado Iraque.
Por sua vez, autoridades curdas disseram que oito soldados morreram e seis ficaram feridos. Os homens atacados protegiam um diretório da União Patriótica do Curdistão, liderado pelo presidente do Iraque, Jalal Talabani, um defensor da presença militar americana no país. O Exército americano acreditava que os suspeitos estivessem protegendo um local usado para a fabricação de bombas.
Mahmoud Othman, um destacado deputado curdo, comentou que ataques como esse representam "um mau sinal para o plano de segurança" recém-iniciado pelo Exército americano.
