A Casa Branca defendeu a antecipação das eleições na Venezuela, dando o seu apoio à principal demanda dos opositores do presidente venezuelano, Hugo Chávez, eleito diretamenete com mais de 50% dos votos.
A greve geral no país sul-americano entrou no seu 12.º dia e praticamente paralisou a indústria petrolífera local, obrigando a estatal Petroleos de Venezuela anunciar na semana passada a impossibilidade de cumprir as entregas de petróleo e derivados por motivo de “força maior”. Além disso, a capital Caracas é tomada todos os dias por protestos a favor e contra Chávez, com o registro de casos esporádicos de violência.
“Os EUA estão profundamente preocupados com relação à deterioração da situação na Venezuela. Na última semana, o tiroteio contra manifestantes pacíficos e os ataques contra televisão, rádio, jornais e empresas de mídia e paralisações na economia da Venezuela criaram uma grave situação”, disse o porta-voz, Ari Fleischer. “O povo da Venezuela merece algo melhor”, acrescentou.
Fleischer disse que os EUA apóiam os esforços de mediação do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Cesar Gaviria, e seu alerta que a menos que um diálogo seja aberto em breve entre o governo e a oposição, a violência poderá explodir no país.
Para evitar isso, Fleischer disse que os EUA acreditam que o governo deve antecipar as eleições. “Apenas os venezuelanos podem resolver seus próprios problemas. Os EUA estão convencidos de que o único caminho pacífico e político viável para sair da crise é antecipar as eleições”, disse o porta-voz da Casa Branca.