A pobreza rural no Brasil diminuiu durante os anos 90, de acordo com um estudo realizado pelos economistas americanos Steven Helfan e Edward Levine, da Universidade da Califórnia. O estudo, que será apresentado no workshop sobre Estratégias de Combate à Pobreza Rural no Brasil, que começa amanhã (22) na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), inclui entre as principais causas da mudança a ampliação do programa de previdência rural e a criação de fontes de renda não diretamente ligadas à agricultura. É cada vez maior o número de pequenos proprietários que, no período de entressafra, vendem sua mão-de-obra para terceiros.

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Ainda de acordo com os dois pesquisadores, a redução da pobreza também está relacionada ao declínio da população rural. Eles acreditam que o Plano Real possa ter influído na mudança, mas recomendam a realização de novos estudos para firmar essa conclusão.

Levine e Helfan observaram que a redução da pobreza, embora a mudança tenha ocorrido de maneira geral no País, foi mais acentuada em alguns Estados. Citam como exemplo o caso de Santa Catarina: enquanto o País registrava uma média de 16% na redução da pobreza rural, naquele Estado a taxa foi bem maior, chegando a 42%. Na ponta dos piores colocados eles identificaram o Estado de Alagoas. E entre os intermediários apontaram Mato Grosso.

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