Estudo mostra lobby da indústria do tabaco no País

Um relatório divulgado pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas) mostra que as principais fábricas de cigarros que atuam no Brasil tentaram influenciar empresas jornalísticas e associações de bares e restaurantes, financiaram pesquisas e patrocinaram campanhas por ?liberdade de escolha? e convivência ?harmoniosa? entre fumantes e não-fumantes. Nesta quinta é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.

O relatório tem como base documentos das próprias empresas, tornados públicos nos Estados Unidos e no Canadá depois de ações judiciais naqueles países, sedes das empresas. Mostra que a indústria tentou conter o avanço da legislação que bania o fumo em locais públicos e evitar que o Brasil assinasse a Convenção-Quadro sobre Controle do Tabaco da Organização Mundial de Saúde.

Os documentos vão até 2004, e o relatório é a primeira fase do trabalho de análise do material feito pela Opas. A intenção é aprofundar cada ponto em relatórios subseqüentes. Nesse primeiro a organização mostra que as indústrias começaram atacando a idéia de que o tabaco causava dependência, como outras drogas. Depois, a de que o fumo passivo também causava doenças como câncer.

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