Um estudo divulgado nesta quinta-feira (12) segundo o qual 655 mil iraquianos morreram por causa da guerra "surpreendeu" o subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos humanitários, Jan Egeland. Ele comentou que a subestimação do número de vítimas é um problema conhecido. O número da nova pesquisa dá a entender que a guerra iniciada pelos Estados Unidos em 2003 já matou o equivalente a 2,5% da população do Iraque.

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Egeland disse hoje à Associated Press que os números do estudo publicado na edição de hoje da revista científica The Lancet são bem maiores que as estimativas da própria ONU. Ontem, o presidente dos Estados Unidos George Bush buscou desqualificar o estudo, chamando-o de "não confiável".

"Esse número realmente me surpreende. Não sei qual foi a metodologia, nem como eles chegaram a isso. De qual quer forma, está evidente que cerca de cem pessoas morrem diariamente por causa da violência no Iraque, provavelmente mais do que em qualquer outro lugar do mundo atualmente. Não sabemos quantas pessoas mais morrem, nem se essas mortes entram nas estatísticas mas é sabido que bem mais do que essas cem pessoas morrem diariamente no Iraque", comentou Egeland.

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