Estudo encomendado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) confirma que o litoral do Paraná tem todas as condições para a prática da pesca esportiva. O relatório foi apresentado ao secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, nesta segunda-feira (08), pelo consultor Roald Andretta. ?Elaborar um diagnóstico de uma região é a melhor forma de estabelecer vocações e critérios para sua exploração, além de ser pré-requisito para uma prática correta e para geração do menor impacto negativo no meio?, disse Rasca.
O estudo foi elaborado durante as oficinas do Projeto Pesque Vida, desenvolvido pelo Instituto Ambiental do Paraná, que tem como objetivo capacitar os pescadores ribeirinhos para atuarem como guias de pesca, gerando fonte alternativa de renda e benefícios sociais à comunidade. ?A carência das comunidades envolvidas fatalmente leva à busca por meios mais próximos de sobrevivência e essas necessidades acabam sendo supridas por um extrativismo desregrado?, explicou o secretário.
Uma das espécies mais cobiçadas pelos pescadores esportivos é o robalo ? que, segundo o diagnóstico, ocorre em abundância na região. ?Além dele, pescadas, garoupas, badejos e inúmeras outras espécies compõem imenso potencial para estimular o turismo da pesca na região, o principal objetivo do projeto Pesque Vida?, completou o secretário
O diagnóstico foi elaborado pelo consultor de pesca esportiva Roald Andretta, que, entre outras atividades, atua junto ao Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora, do Ministério do Meio Ambiente.
De acordo com o consultor, o potencial é maior do que se imagina. ?Aqui no Paraná os pescadores esportivos têm oportunidade de freqüentar águas tão ricas como Everglades (na Flórida, Estados Unidos) tida como a Meca do pescador esportivo mundial?, afirmou Roald.
Ainda segundo o consultor, o litoral paranaense pode ser considerado a melhor região brasileira para pesca em águas estuarinas. ?O Litoral paranaense e a baía de Paranaguá estão entre os cinco maiores complexos de reprodução de espécies marinhas do mundo?, completou o consultor.
Oficinas
Desde dezembro do ano passado, mais de 120 pescadores dos municípios de Morretes, Guaraqueçaba, Antonina, Pontal do Paraná e Paranaguá foram capacitados. Nos próximos meses, a oficina será realizada em Matinhos e Guaratuba, juntamente com a elaboração do diagnóstico da região.
O treinamento oferece aulas de Biologia, Ecologia, noções básicas de inglês, aulas práticas de pesca com molinete e carretilha, uso de iscas artificiais, comportamento, vestimenta adequada para recepção do turista/cliente, entre outros temas.