Brasília – Quase metade do eleitorado brasileiro é composta por jovens até 34 anos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar disso, apenas 13 dos 513 deputados federais (o equivalente a 2,53%) são jovens ? todos homens.
Os dados fazem parte da pesquisa ?Participação dos Jovens no Poder Legislativo?, encomendada pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje) à Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada nesta sexta-feira (15), em Brasília.
?Isso mostra que o jovem não vota no jovem. Existe um paradigma da falsa falta de experiência, mas há uma série de jovens desenvolvendo papéis importantes em outras áreas?, avalia o presidente da Conaje, Doreni Caramori Júnior.
Apenas 10 estados brasileiros contam com representantes com idade até 34 anos na Câmara dos Deputados. A maior participação é da Bahia, com 3 jovens deputados federais. Em segundo lugar está São Paulo, com dois.
Acre, Amapá, Ceará, Paraíba, Piauí, Goiás, Minas gerais e Rio de janeiro contam com um representante cada. Na análise por região, a situação é pior no Sul do país ? Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná não elegeram, nas últimas eleições, nenhum jovem deputado federal.
A situação não é diferente nas Assembléias Legislativas dos 26 estados e do Distrito federal. Apenas 59 dos 1059 deputados estaduais de todo o país têm até 34 anos (equivalente a 5,57%). Destes, apenas 4 são mulheres.
Não há jovens nas casas legislativas do Acre, Roraima, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal. Em compensação, em 3 estados há mais de 10% de jovens deputados: Rondônia (12,5%), Paraíba (11.11%) e Pernambuco (10,20%).
?Cabe a nós, representantes de entidades de jovens, expandir mais a atuação, apresentar esse cenário para toda a sociedade civil e mostrar que o jovem pode, sim, fazer bem feito, pode propor de maneira correta e pode exercer um bom papel de representante público nas casas legislativas?, conclui o presidente da Conaje.