Orlando Kissner / GPP
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Em meio à reivindicação, alguns estudantes acabaram batendo
com pedaços de madeira
sobre alguns automóveis.

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Um protesto que reuniu cerca de 50 estudantes terminou em tumulto hoje em frente à prefeitura de Curitiba. Os estudantes, alguns deles mascarados, reivindicavam passe livre no transporte coletivo da cidade, mas acabaram batendo com pedaços de madeira sobre alguns automóveis e insultaram motoristas. A prefeitura informou não ter condições de oferecer o benefício sem que haja prejuízo para o restante da população.

Os estudantes saíram pela manhã da Praça Santos Andrade, em direção à prefeitura, no Centro Cívico. No caminho foram parando o trânsito. Em um dos cruzamentos o primeiro incidente com uma motorista que alegou estar com pressa para ir ao médico. Ao tentar passar pelo bloqueio teve o carro cercado e chutado. Os estudantes alegaram que quase foram atropelados por isso obrigaram a motorista a pedir desculpas para ter a passagem liberada.

Ao chegarem à prefeitura encontraram 80 guardas municipais postados para defender o prédio. O trânsito foi interrompido. Uma comissão foi recebida pelo diretor de Transportes da Urbs, José Antônio Andreguetto, que apresentou um documento no qual mostrava a inviabilidade do transporte livre irrestrito para todos os estudantes. De acordo com a prefeitura, caso isso fosse adotado, a passagem deveria ser reajustada de R$ 1,80 para R$ 2,70. Os estudantes protocolaram um pedido de audiência com o prefeito Beto Richa (PSDB).

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Depois de receberem a resposta negativa, continuaram com o tumulto. Em um semáforo nas proximidades da prefeitura, o vendedor autônomo José Carneiro Filho teve seu Gol amassado por um estudante que empunhava um pedaço de pau. Ele também foi ameaçado e insultado. O vendedor disse que iria tomar "providências" em relação ao caso, embora não soubesse exatamente o que fazer.

No fim da manifestação os estudantes ainda tentaram entrar sem pagar em um ônibus nas proximidades do Passeio Público. Foram impedidos pela Guarda Municipal. Somente com a chegada de reforço, por volta das 14 horas, eles começaram a se dispersar.

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