Estudante acusado de matar a mãe se entrega à polícia

O estudante de Direito Adriano Saddi Lemos, de 23 anos, apresentou-se ontem de manhã à polícia e foi preso às 17 horas, por ter encomendado o seqüestro da mãe, a empresária Marisa Saddi, de 46 anos. Ela foi assassinada pelos dois homens que a levaram. A polícia teve de esperar o encerramento do prazo fixado pela lei eleitoral, que só permite prisões em flagrante ou por sentença definitiva até 48 horas após o término da votação, para deter o rapaz.

Na quinta-feira, Adriano confessou ter contratado o motorista da família, Cristiano Borges Ferreira, para seqüestrar Marisa. "Eu queria dar um tempo, segurá-la e mostrar que a vida não era daquele jeito. Ela estava gastando demais. As coisas estavam sumindo da minha casa, da minha vida", disse. Agora, orientado por advogado, o estudante nega o crime. "Sou inocente nessa coisa toda", afirmou ontem.

Na confissão de quinta-feira, que foi gravada e divulgada pela polícia, Adriano se disse arrependido pelo crime. "Eu não mandei matar. Eu mandei os caras pegarem ela para depois decidir", alegou. "Eu tinha um amor muito grande pela minha mãe. Eu me arrependo até hoje".

Adriano revelou na gravação que, na primeira conversa com o motorista, pediu a Ferreira que desse um susto em Marisa. "Minha idéia não era matar a minha mãe. Jamais eu queria matar a minha mãe, jamais eu queria tirá-la da minha vida", afirmou. "Pelo contrário, a idéia era seqüestrar, uma coisa rápida, só para ela tomar um susto. Eu estava com medo de a minha mãe ficar na rua. Eu não paguei para matar.

O motorista segue foragido. Mas o homem que ele procurou para contratar dois matadores, Roberval da Silva Cavalcanti, de 36 anos, também se entregou à polícia. Agora, a polícia procura os dois comparsas.

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