Estreante, Naldo tenta conquistar seu espaço na seleção

O mensageiro da boa notícia foi Diego. Antes do treino do Werder Bremen no dia 14 de março, o meia repassou o recado ao amigo Naldo. "O Américo Faria (supervisor da seleção brasileira) quer falar com você", avisou. Como o zagueiro já sabia do corte de Luisão e de Alex para os amistosos contra Chile e Gana, não foi difícil fazer a relação: sua primeira convocação para defender o Brasil estava próxima.

"Depois do treino da manhã, liguei para o Américo Faria e passei todos os meus dados. E ele me desejou boa sorte na convocação, que seria à tarde", contou Naldo, em entrevista por telefone, ainda na cidade de Bremen, na Alemanha, antes de se apresentar nesta quinta-feira na Suécia. A confirmação veio quando Dunga anunciou que Naldo e Edu Dracena substituiriam os zagueiros cortados.

Naldo tem 24 anos, é natural de Londrina e faz parte de um contingente cada vez maior de brasileiros que atingem o sucesso no exterior sem terem experimentado a popularidade no próprio país. Profissionalizou-se em 2001 no RS Futebol Clube, time gaúcho que tem como principal objetivo a formação de atletas. Em 2004, foi emprestado ao Juventude. Em julho do ano seguinte, seguiu para Bremen.

"Saí muito novo daí, sem jogar em um time considerado grande. Mas isso não me chateia. Acho que pelas minhas atuações aqui já estou mais conhecido no Brasil", disse Naldo

Quando chegou a Bremen, o técnico da equipe, Thomas Schaaf, deu sua opinião sobre Naldo. "Ele é, talvez, o mais talentoso zagueiro do Brasil", disse.

O apoio do treinador foi fundamental para sua rápida adaptação ao futebol alemão, disse Naldo. "Ele sempre me apoiou, me deu uma confiança imensa."

Tanta confiança, aliás, também se transforma em gols. Naldo, que foi considerado o melhor zagueiro do primeiro turno do Campeonato Alemão, gosta de dar suas investidas no ataque. Já marcou seis gols nesta temporada – três deles na goleada de time sobre o Eintracht Frankfurt por 6 a 2.

Naldo se define como um zagueiro técnico, que sai jogando e gosta de bater faltas – tem chute potente. E acredita que o fato de Dunga ter atuado no futebol alemão – foi capitão do Stuttgart na década de 1990 – ajuda a valorizar quem disputa o campeonato local. "Ele e o Jorginho jogaram na Alemanha e sabem como é difícil.

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