"Essas decisões já foram tomadas várias vezes. Que continuem tomando. Estou pronto para enfrentá-los", desafiou o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), ao comentar o pedido feito por partidos oposicionistas para afastá-lo do cargo.

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Com o cerco em Brasília cada vez mais apertado em torno dele, Severino sitiou-se no hotel onde está hospedado em Nova York desde as 22h30 horas de terça-feira, quando voltou de um jantar no restaurante franco-asiático Vong, até as 12h30 desta quarta-feira. Saiu dali direto para a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), onde ofereceria um almoço aos presidentes de Parlamentos dos países de língua portuguesa.

Como maior representante do Legislativo brasileiro, ele está em Nova York participando da 2.ª Conferência Mundial de Presidentes de Parlamentos, que será aberta amanhã (8) e termina sexta-feira. Apesar dos problemas se avolumando no Brasil, ele reafirmou que cumprirá sua agenda em Nova York até o fim.

"Sou um homem que não tem problemas", disse Severino quando saía do hotel para seu primeiro compromisso na ONU. "Quem não tem problemas não pode ter angústia." Ele desprezou as informações prestadas à Polícia Federal pelo ex-gerente do restaurante Fiorella, da Câmara, Izeilton Carvalho, de que teria autorizado a prorrogação do contrato daquele estabelecimento sem aprovação da Mesa da Casa e, em troca, recebido do dono do restaurante, Sebastião Buani, propina mensal de R$ 10 mil por oito meses em 2003.

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"Todas essas informações já foram dadas e eles mesmos desmentiram", argumentou, referindo-se ao depoimento dado por Buani, negando que lhe pagava um ‘mensalinho’. Apesar de visivelmente abatido, Severino mantinha sua resistência pernambucana para afirmar: "Sou um homem tranqüilo".