O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Odilo Scherer, nomeado nesta quarta-feira (21) pelo papa Bento XVI arcebispo de São Paulo, soube da escolha pelo Vaticano há dez dias, quando foi questionado se aceitaria o cargo. "Naturalmente estou muito emocionado, mas sereno, sabendo que não é com as forças humanas que a gente consegue realizar a missão que ali nos espera. Confio na força de Deus e na ajuda de tantas pessoas", afirmou d. Scherer, numa entrevista concedida hoje.
D. Scherer avalia que o processo de escolha de seu nome ocorreu de forma rápida. Tradicionalmente, a indicação de um nome para arquidiocese demora, em média meio ano. No caso de São Paulo, a sucessão foi decidida em quatro meses.
Até a próxima eleição da CNBB, d. Scherer deverá se manter no cargo de secretário-geral. Ele não sabe, porém, se irá participar do processo de reeleição. Principalmente por causa das exigências do novo cargo. "Certamente terei de ficar bastante tempo na cidade e a secretaria-executiva também exige grande dedicação.
Para d. Scherer, seu novo posto representará um grande desafio. "Durante cinco anos como auxiliar de São Paulo, adquiri algum grau de conhecimento, mas não por isso conheço toda arquidiocese. E vou contar com a colaboração dos que já conhecem a realidade local, os bispos e padres.
D. Scherer afirmou que levará adiante o trabalho de recuperação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, iniciada por seu antecessor, d. Cláudio Hummes. Ele observou que a condução foi feita com perseverança "mas também com sofrimento." "Vamos continuar atuando para que a pontifícia continue a ser referência na educação.
