Brasília – Apesar de as usinas terem álcool combustível armazenado, os estoques da entressafra não foram suficientes e os preços subiram nos últimos dias, afirmou ontem (8) o técnico Ângelo Bressan, responsável pelo setor de açúcar e álcool no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Em entrevista à Rádio Nacional, Bressan disse que o consumo dos veículos flex (movidos a álcool e a gasolina) nesse período de férias também influenciou na alta de preço do produto, entre outros fatores, como os cancelamentos e atrasos de vôos, que levaram muitas pessoas a optar pela viagem por terra.
O técnico lembrou que "no início da safra a tendência do preço é ficar bem menor do que no período da entressafra". E que o preço "pode subir até um pouco mais no fim de janeiro para fevereiro, mas não quer dizer que isso chegará às bombas".
Sobre as diferenças de preços entre o Distrito Federal e o estado de Goiás, Bressan argumentou que se trata de "uma questão de mercado". Em Alexânia, a 50 quilômetros de Brasília, o litro do álcool custa R$ 1,41, mas na capital o valor nas bombas atinge R$ 1,80. "Temos várias usinas em Goiás vendendo a R$ 0,85, mas quando o produto chega aos postos passa a obedecer ao mercado", disse.
Para a safra 2007/2008, a expectativa do técnico é de crescer 10%, com a previsão de inauguração de mais 16 usinas no país. "Nossa produção cresceu muito rapidamente e hoje existem cerca de 350 usinas em funcionamento nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. O Brasil está na ponta desse conhecimento", acrescentou.