A economia brasileira não deve gerar R$ 21 bilhões a mais este ano. O valor estava previsto como crescimento das riquezas do país, o Produto Interno Bruto (PIB). Hoje (26) a previsão de alta do PIB foi rebaixada pelo Ministério do Planejamento. Pela estimativa oficial, o país não deve mais crescer 4% este ano, e sim 3,4%.
O ministério também reduziu em R$ 500 milhões a previsão de crescimento do superávit primário. Os dados são do Relatório de Avaliação das Receitas e Despesas do Orçamento 2005, que já foi enviado ao Congresso Nacional. Nos dados referentes ao terceiro bimestre do ano, o Ministério do Planejamento aponta a possibilidade de ampliar em R$ 509 milhões os gastos de custeio do governo federal.
Também foi reduzida em R$ 666 milhões a estimativa de receitas. Este resultado se deu principalmente nas arrecadações administradas pela Receita Federal, como observado no Imposto de Importação (menos R$ 722 milhões), IPI (menos R$ 905 milhões) e COFINS (menos R$ 919 milhões). Apesar da queda global, foi elevada a perspectiva de arrecadação do Imposto de Renda (mais R$ 1,283 bilhão) e Contribuição sobre lucro líquido (CSLL) (mais 465 milhões).
O Ministério do Planejamento estima também que o déficit da Previdência terá redução de R$ 623 milhões tendo em vista o aumento de arrecadação no mês de junho e a elevação nas despesas de execução obrigatória de R$ 279 milhões, oriunda principalmente da incorporação de despesas de pessoal não incluídas nas avaliações anteriores. Entre elas estão os aumentos para magistrados e membros do Ministério Público da União e revisão na despesa anual com o abono salarial.