O clássico de domingo colocou frente a frente dois times postados bem diferentes taticamente. Enquanto o Coritiba apostou no povoamento no meio-campo, com jogadores velozes pelo lado, o Atlético optou pela forte marcação, mas sem abrir mão de um armador, que acabou se tornando peça nula diante de tantos adversários à sua frente.
Ney Franco formou o Coxa no 4-1-4-1, com João Paulo como primeiro volante e o quarteto à sua frente sem armador. Enquanto Negueba e Henrique Almeida tinham liberdade para atacar pelos lados, Alan Santos (e depois Juan) e Lúcio Flávio faziam a função de segundo volante, fortalecendo a marcação e ocupando mais espaços no meio-campo. À frente, Kleber era o homem de referência, chamando a atenção da defesa. A ideia já tinha sido adotada na vitória por 2×0 sobre o Flamengo e se mostrou uma boa solução para a sequência do Campeonato Brasileiro.
Talvez só agora o Alviverde tenha achado sua formação ideal, mas que será testada de vez diante do Cruzeiro, uma vez que estará com vários desfalques – Lúcio Flávio, Negueba e Henrique Almeida estão suspensos e o Gladiador machucado.
Queda
Já no Furacão a situação é inversa. Mais uma vez Milton Mendes modificou a equipe. Seguiu no esquema 4-2-3-1, mas abriu mão da formação que fez o Rubro-Negro chegar à liderança do Campeonato Brasileiro para dar lugar a um time mais marcador. O erro já havia acontecido na derrota por 2×1 para o Grêmio. O técnico tirou o meia Hernández para escalar mais um volante, Deivid no caso, e adiantou Hernani.
No Atletiba, ao invés de voltar simplesmente com Hernandéz no lugar de Deivid, o técnico preferiu manter Deivid e tirar Hernani, que exerce a função de segundo volante, se aproximando mais ao ataque. Com dois volantes marcadores – Otávio e Deivid -, o Atlético continuou com um buraco no meio-campo e ainda foi fortemente ameaçado pelos contra-ataques do rival. Talvez seja a hora de rever os conceitos para evitar correr riscos. Se antes já era o favorito para o duelo com o Brasília, amanhã, agora o time tem a obrigação de vencer na Arena. Qualquer outro resultado diferente disso pode instalar uma crise rubro-negra. Assim, a pressão, antes longe do CT do Caju, já começa a dar suas caras, e de forma agressiva.
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