Estilistas da França capacitam confecções do Paraná

Um desfile com confecções paranaenses sob a análise de estilistas franceses marcou nesta segunda-feira, em Curitiba, a abertura de um workshop voltado para empresários do setor de vestuário.

O evento, uma parceria da Secretaria da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Federação das Indústrias do Paraná e Codesul, segue nesta terça-feira e conta com a participação de mais de 60 empresas do Paraná, além das maiores empresas nacionais de confecção de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

O secretário da Indústria e Comércio, Luis Mussi, afirmou que o aumento das exportações brasileiras vem abrindo novos horizontes para as empresas paranaenses. "Num panorama de estabilidade no mercado interno, as empresas vêem no exterior uma forma de expansão de seus mercados", afirmou

"O lançamento do nome de uma empresa no mercado externo, contudo, não é simples", avaliou. "É necessário o domínio de informações sobre o mercado alvo, forma de compra, venda, distribuição e, no caso de produtos relacionados à moda, é imprescindível ter noções das tendências de cada país".

Capacitação

Seguindo uma visão de capacitação do empresariado paranaense no setor de vestuário, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o governo do estado vai capacitar gestores de negócios e moda no Arranjo Produtivo Local (APL) de vestuário de Cianorte, envolvendo ainda as cidades de Maringá e Londrina.

O treinamento abordará os aspectos gerenciais relacionados à tecnologia de produção e ao desenvolvimento de pessoal para a formação de multiplicadores nos APL´s atendidos pelo programa.

"Com tudo isso, não posso deixar de afirmar que o Paraná pode sim ser um sólido parceiro para os franceses e todo o mercado europeu. Aqui se produz moda e a fazemos muito bem", diz Mussi.

Brasil

Segundo o gerente operacional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Rossildo Faria, apenas 8% da produção brasileira é destinada ao mercado externo. "Quanto à produção, o Brasil já é o quinto maior produtor mundial em têxtil e o oitavo maior produtor mundial de tecidos".

Faria diz que, há 15 anos, o país exportava apenas fios e tecidos crus. "Hoje, o vestuário corresponde a metade das exportações brasileiras do setor", calcula.

A questão da exportação de produtos já confeccionados representa um salto imediato para as exportações nacionais. "De janeiro a outubro, as exportações cresceram 20% para o Canadá, 15% para o México e 11% para os Estados Unidos, em comparação com o ano passado. O Paraná, nesse contexto, possui uma importante vocação para a indústria da moda e vestuário de todo o país", diz Faria.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo Rocha Loures, este evento é um marco na moda nacional. "As relações de cooperação estratégica entre a força da moda francesa e a criatividade brasileira serão uma poderosa aliança no futuro", afirma.
O estilista Edson Korerner confirma a iniciativa como altamente favorável para o Paraná. "Este workshop traz muita informação para quem deseja exportar. A idéia de trazer estilistas franceses é muito válida para os empresários e produtores da moda nacional e, especialmente, paranaense. O mercado de lá é fechado e só assim quebramos barreiras", afirma. 

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