A Casa Branca defendeu hoje sua posição sobre a crise no Oriente Médio, rejeitando as alegações de que o governo americano não está pressionando Israel a encerrar seus ataques contra militantes do Hezbollah no Líbano, que já deixaram centenas de civis mortos. "Acreditamos que o Hezbollah foi longe demais ao capturar soldados no sul do Líbano", disse o secretário de imprensa da Casa Branca, Tony Snow.
Segundo ele, representantes dos Estados Unidos estão envolvidos ativamente nas negociações para pressionar o Hezbollah e seus patrocinadores, a Síria e o Irã. Dois enviados do governo americano viajaram para a região e o presidente George W. Bush tem conversado com líderes locais, incluindo uma conversa de 12 minutos com o primeiro ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan disse Snow Said.
Snow se recusou a fornecer detalhes sobre as conversas de Bush com líderes da região, mas disse que os Estados Unidos querem um cessar-fogo que assegure a integridade do governo libanês e que o Hezbollah pare de lançar foguetes contra Israel.
O porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack disse que Condoleezza Rice viajará para o Oriente Médio na semana que vem para procurar maneiras de encerrar a violência. Segundo ele ela irá "abordar a situação tática mas também as causas do conflito".
Aprovação do Congresso
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos também aprovou, por larga maioria, uma resolução de apoio a Israel e que condena seus inimigos, em uma mostra clara da posição de Washington sobre a crise.
Com uma maioria de 408 votos a favor e oito contra, os legisladores americanos deram seu aval à resolução que expressa o direito de Israel de se defender.
A solidariedade e falta de divisões entre republicanos e democratas sobre a questão, demonstra que a relação dos Estados Unidos com Israel é "única", como definiu o líder da maioria republicana, John Boehner.
O texto aprovado hoje, muito similar ao que foi passado na terça-feira pelo Senado, condena com firmeza os inimigos de Israel e também a Síria e o Irã por proporcionar ajuda econômica à guerrilha libanesa e a tecnologia necessária para realizar seus ataques.