Brasília ? Os estados brasileiros poderão aderir voluntariamente ao Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle (doença viral altamente contagiosa que, assim como a gripe do frango, atinge aves comerciais e outras espécies aviárias).
Lançado hoje (7) pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, o plano prevê, ainda, a divisão do país em regiões para implementação e operacionalização das ações previstas no documento.
A expectativa do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, é acredita que todos os estados participarão, apesar de a adesão ser facultativa. "Não só os estados. Confio principalmente que o setor privado em cada estado trabalhe nessa direção", disse.
A Secretaria de Defesa Agropecuária, as Superintendências Federais de Agricultura, as Secretarias de Agricultura Estaduais e os respectivos órgãos de defesa sanitária animal e a iniciativa privada estão incluídas no plano.
Desde de 2003, o ministério adota medidas para prevenir a ocorrência de gripe aviária no Brasil, como a vigilância de aves migratórias. Em 2004, começou a coletar amostras e a fazer testes em cerca de 105 mil aves para constatar a ausência da gripe do frango.
No ano passado, foram suspensas as importações de aves e ovos férteis para reprodução oriundos de locais onde havia ocorrência da doença, além da importação de aves de companhias, independentemente da constatação do vírus. Também em 2005, o ministério investiu R$ 37 milhões na aquisição de aparelhos para agilizar a vigilância da doença.
Para o segundo semestre deste ano, está prevista a realização de um inquérito epidemiológico, com a reformulação da população de aves amostradas com base no cadastro da avicultura brasileira e a adequação da rede nacional de diagnóstico para a suspeita de doenças de aves nos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros) de Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul.