O Governo do Paraná continua trabalhando a todo vapor no combate à dengue e dispõe de um arsenal de armas para isso. Ovitrampas, que são armadilhas para identificação de focos do Aedes aegpti, caminhonetes com equipamentos para utilização de inseticidas em grande escala, bombas de veneno para agentes e outros acessórios são utilizados em todo o Estado. E se a população tem um arsenal que a protege, também tem um Quartel General.
O QG do combate à dengue, se chama Central de Apoio Logístico de Insumos, localizado na antiga sede do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), em Maringá. Lá estão centralizadas boa parte dos equipamentos da Secretaria de Saúde na luta com o mosquito transmissor da dengue.
Em Maringá eles tem manutenção e também são consertados quando necessário. ?Queremos melhorar cada vez mais o nosso sistema de prevenção. Manter o patamar de sermos o Estado com a maior redução de casos de dengue em todo o Brasil?, disse o secretário da Saúde, Cláudio Xavier.
Para melhorar ainda mais os resultados, diversos treinamentos para capacitar agentes de combate à dengue são desenvolvidos em diversas regiões do Estado. Embora esses profissionais sejam contratados pelos municípios, o Governo investe na preparação deles como uma das maneiras de controlar a doença. Já em relação aos equipamentos, o funcionamento é quase semelhante.
?Eles ficam a disposição dos municípios?, lembra o diretor de Vigilância em Saúde e Pesquisa da Secretaria, Luiz Armando Erthal. Ele explica que quando o município necessita de equipamentos, faz um pedido para a Regional de Saúde que entra em contato com a Secretaria para a liberação. ?Mas para isso existem pessoas treinadas para operar esse arsenal. Não podemos deixar inseticidas e os meios de aplicação nas mãos de pessoas sem o domínio necessário?, conta.
Erthal se refere principalmente aos aplicadores de veneno, que são as bombas UBV, conhecidas popularmente como ?fumacê? e as bombas ?costais?. A primeira fica na traseira de uma caminhonete e emite partículas mínimas de veneno, para que não seja prejudicial para a população. ?Mas esta alternativa só é utilizada em casos de epidemia. Daí são realizadas oito aplicações, com intervalos que podem variar de 3 a 5 dias?, afirma Erthal. Já a segunda, é utilizada pelos agentes de maneira mais rotineira, pois ela permanece um tempo nos locais onde é aplicado. Mas o mesmo equipamento também pode ser utilizado no combate a doenças como Chagas e Malária.
Também continuam em operação as ovitrampas, uma alternativa inédita criada no combate à dengue. Elas são pequenas armadilhas, colocadas em locais estratégicos, nas quais os mosquitos colocam seus ovos. Quanto mais forem localizados, é sinal que o foco naquela região é maior, possibilitando a criação de estratégias para eliminar o Aedes nestas imediações. ?É simples, barato e eficiente. Foi uma grande idéia e que nos ajuda muito?, avalia Erthal.
Ao todo são cerca de 600 equipamentos de aspersão (bombas de inseticidas), 120 equipamentos costal motorizado para espalhar inseticidas e caminhonetes com 18 bombas de ?fumacê?.