O Paraná, através da Secretaria de Assuntos Estratégicos, está fechando detalhes para a criação da rede pública de telecomunicação. Ela será criada através dos serviços Copel, Sercomtel e Celepar. O objetivo da rede pública não será de competir com as empresas do setor já estabelecidas no mercado, mas otimizar os serviços públicos do Estado e municípios.
A criação da rede foi confirmada ontem pelo secretário de Assuntos Estratégicos do Paraná, Nizan Pereira. Os detalhes da criação da rede serão acertados na próxima terça-feira, na sede da Copel. Nizan explicou que o Estado será o único no Brasil que terá condições de implantar esse sistema, pois como o Sercomtel não foi privatizado igual às demais companhias de telecomunicação do País, ele possui concessão da Anatel para operar no setor. “Mas a autorização é apenas para 95 municípios. Porém, a Copel possui uma rede de transmissão de fibra ótica que opera em todo o Paraná. E aliando a tecnologia e informação da Celepar será possível desenvolver a rede”, explicou Nizan.
O secretário acrescenta que isso representa uma série de vantagens para o Estado. Uma delas será a economia. O governo do Estado gasta cerca de R$ 150 mil por mês para manter a rede estadual de pesquisa utilizada pelas universidades. Já com a rede da Secretaria de Finanças, os gastos chegam a R$ 300 mil por mês. “Se isso puder ser absorvido pela rede, representa um dinheiro que poderá ser economizado”, afirmou. Além disso, o Paraná terá total controle dos dados do Estado, que hoje são operacionalizados por uma operadora nacional.