Depois de rachaduras na cobertura da tribuna do Estádio Fritz Walter, em Kaiserslautern, e de problemas também na cobertura do CommerzBank Arena, em Frankfurt na final da Copa das Confederações, em 2005, o Comitê Organizador da Copa do Mundo enfrenta agora mais um desafio, a 149 dias da abertura do Mundial, em 9 de julho, em Berlim.
A Stiftung Warentest, respeitado instituto que faz avaliações de produtos e serviços, divulgou estudo nesta terça criticando os estádios alemães por falta de segurança, principalmente no caso de eventual pânico. Um dos estádios criticados, o Olympiastadion, em Berlim, sediará a abertura, entre Alemanha e Costa Rica, e vários jogos importantes, como a estréia do Brasil contra a Croácia, em 13 de junho.
A divulgação do relatório não foi bem recebida pelas autoridades alemãs. O presidente do Comitê Organizador do Mundial, Franz Beckenbauer, maior ídolo do futebol alemão, está revoltado com as acusações feitas pela Stiftung Warentest.
"Estou cansado, realmente, com o exército do sabe-tudo que tenta aparecer às custas da Copa do Mundo", afirmou Beckenbauer. "Eles deveriam ficar analisando cremes e azeites" completou o Kaiser.
Apesar de reprovar as saídas de segurança e a falta de extintores nos estádios em Berlim, Leipzig, Gelsenkirchen e Kaiserslautern, a Warentest elogiou a segurança nos estádios de Munique, Hannover, Nurembergue e Colônia. O instituto recomendou pequenas mudanças em Hamburgo, Frankfurt, Stuttgart e Dortmund.
Os diretores da Warentest disseram que o estudo não é alarmante e as falhas podem ser corrigidas até o Mundial.