Rio de Janeiro – A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,25% no mês de abril. A taxa foi menor que a do mês de março (0,37%) e maior que a registrada no mesmo período do ano passado (0,21%). Em 2007, o índice acumula alta de 1,51% e de 3% nos últimos 12 meses.

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Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é usado como referência pelo Banco Central para estabelecer a meta de inflação do país, fixada em 4,5% para este ano.

Segundo o IBGE, o recuo de 0,12 ponto percentual na inflação de abril em relação a março é fruto da estabilidade nos preços dos alimentos. Em março, eles tinham subido 0,98% por causa do efeito das chuvas de janeiro e fevereiro. No levantamento de abril, apresentaram variação praticamente nula, de 0,03%.

Para a coordenadora de Índices de Preços da entidade, Eulina Nunes dos Santos, os resultados globais do IPCA de abril mostram que as taxas mais altas de inflação observadas no início do ano tinham causas pontuais. Também confirmam a influência positiva de vários fatores que vêm se evidenciando nos últimos 12 meses.

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?Em abril, vemos um recuo dos produtos alímentícios já em função da colheita da safra, que é muito boa. Além disso, os produtos mais sensíveis ao dólar norte-americano não têm pressionado a inflação porque o câmbio tem nos favorecido muito?.

Ela também destacou como fator positivo o comportamento dos preços reajustados por contratos vinculados a índices de inflação. ?Eles preços têm tido reajustes cada vez menores ano a ano, e isso é um comportamento de estabilidade e segurança?.

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Os produtos não alimentícios, cuja variação foi de 0,31% em abril, foram os responsáveis pela inflação do mês. A alta mais significativa ocorreu no preço do litro do álcool combustível, que subiu 7,34%, depois da deflação de 0,65% em março. O aumento também influenciou o avanço no preço da gasolina (0,72%), embora tenha sido menor do que o observado no mês anterior (0,66%).

As outras altas foram registradas nos artigos de limpeza (0,59%); gás de cozinha (0,23%); automóvel usado (1,06%); remédios (0,5%); e cigarro (0,71%).

Das onze regiões metropolitanas pesquisadas, a de Belém foi a que teve a inflação mais alta (0,67%). O menor índice foi registrado no Rio de Janeiro, que apresentou deflação de 0,16%.

O IBGE também divulgou os resultados da inflação em abril para famílias de baixa renda, calculados por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O indicador ficou em 0,26% em abril frente a 0,44% apurado em março e 0,12% em abril de 2006. O acumulado do ano está em 1,62%, variação maior que a registrada no mesmo período do ano passado (1%). Nos últimos 12 meses, a taxa ficou em 3,44%, acima dos 3,3% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.

Também para as famílias de baixa renda os produtos alimentícios ficaram praticamente estáveis, em 0,09%, enquanto os não-alimentícios subiram 0,32%. Assim como no IPCA, o maior índice regional ao consumidor foi registrado em Belém (0,81%) e o menor, no Rio de Janeiro (-0,25%).