A Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) vistoriou 30 bares, lanchonetes e pousadas entre os dias 27 e 29 de janeiro, nos municípios de Pontal do Paraná, Guaratuba e Ilha do Mel. Este trabalho reúne policiais militares e civis, agentes do Instituto Ambiental do Paraná e de órgãos municipais.
Em Pontal do Paraná, dois estabelecimentos foram notificados por constatação de incentivo a jogos de azar. No balneário de Shangrilá, em uma sorveteria, o proprietário colocava dinheiro junto aos prêmios de uma máquina, que originalmente são apenas brinquedos de pelúcia. Os equipamentos foram interditados.
?O proprietário deverá comparecer a delegacia ainda esta semana por estar incentivando jogos de azar em máquinas utilizadas por crianças, o que caracteriza crime?, explicou o delegado coordenador da operação, Clóvis Galvão. No bar e lanchonete ?Eskinão?, o proprietário foi detido por possuir uma máquina caça-níquel armazenada. No mesmo local, outras duas pessoas alcoolizadas foram detidas por desobediência e perturbação de sossego.
?A ação integrada reforça a fiscalização em locais onde há jogos eletrônicos, presença constante de crianças, denúncias de venda de bebida alcoólica para adolescentes e denúncias de venda de drogas?, detalhou o coordenador da Aifu, Benjamim Zalorence. O coordenador mencionou ainda a importância da participação do Conselho Tutelar em ações como estas para orientar os pais de crianças e adolescentes quanto à presença em estabelecimentos com jogos eletrônicos após as 22 horas.
?Não tínhamos conhecimento sobre a idade mínima para freqüentar fliperamas após certo horário. Hoje, estamos cientes da legislação e das conseqüências para nossos filhos?, comentou a dona de casa Maria Salete Alves de Curitiba, que passava pelo local com dois filhos, de 8 e 12 anos.
Operação Sossego
A falta de alvará para música ao vivo causou a intervenção do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a paralisação imediata do trabalho dos músicos contratados pelo proprietário de um bar, no balneário de Shangrilá. O local já havia sido multado em R$ 1 mil, após orientação preliminar para que o limite de volume permitido não ultrapassasse 60 decibéis.
Os vizinhos com residências próximas ao estabelecimento comemoraram a ação da AIFU. ?Estamos em busca de descanso e o local não respeita horário e nem a tranqüilidade das famílias hospedadas no entorno. A ação demonstra que estamos sendo ouvidos pelo governo, reforçando o direito do cidadão e impondo limite para o funcionamento do bar?, elogiou o eletricista, Marcos Viana que locou um imóvel nas imediações do estabelecimento. Ele ainda disse que a ação evita tumultos e causados por pessoas alcoolizadas que freqüentam o estabelecimento durante a madrugada.
De acordo com o delegado Clóvis Galvão o sucesso da Operação se deve à solução imediata dos crimes e contravenções constatadas. ?É um sistema eficiente de polícia que atua com a presença de escrivão, delegado e outros órgãos que tomam providencias administrativas, possibilitando a solução nos processos no ato da fiscalização?, detalhou o delegado.
Ilha do Mel
A primeira ação de fiscalização foi realizada na praia de Encantadas, onde dez estabelecimentos foram vistoriados entre bares, lanchonetes, restaurantes, campings, pousadas e quiosques. Em uma das pousadas cinco pessoas foram presas por porte de entorpecentes e dois bares da praça de alimentação foram fechados pelo Instituto Ambiental do Paraná.
?O IAP exige que os proprietários dos bares da praça de alimentação sejam pessoas nascidas na Ilha do Mel e dois proprietários estavam arrendando seus estabelecimentos para pessoas de fora?, explicou Josiane Bittencourt da Conceição, fiscal do instituto responsável pela medição da poluição sonora. A operação na Ilha do Mel contou com a participação do Canil da Polícia Civil e deverá ser realizada posteriormente na praia de Brasília.
Guaratuba
Entre 12 locais fiscalizados em Guaratuba, cinco deles foram fechados por falta de alvará e outros quatro interditados pela Vigilância Sanitária municipal por más condições de higiene. O tenente da Polícia Militar, Harley Hudson Gianina Lamy, explicou que o objetivo da Ação Integrada de Fiscalização Urbana não é fechar ou multar estabelecimentos e, sim, fazer com que todos fiquem abertos e regularizados.