A Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) fechou a Rua Saldanha Marinho, na esquina com a Ermelino de Leão, com cerca de quinze viaturas e 40 policiais, na tarde desta terça-feira (12). O objetivo foi fiscalizar irregularidades em estabelecimentos comerciais, como falta de alvará de funcionamento e de segurança. Dos nove locais vistoriados, sete foram fechados. Foram presas quatro pessoas, três máquinas caça-níquel foram apreendidas, além de vários bilhetes de jogo do bicho.
A ação foi organizada pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná e participaram as polícias Civil e Militar, Guarda Municipal, Vigilância Sanitária e Secretaria Municipal da Criança. ?Aqueles estabelecimentos que não têm uma natureza nobre para funcionar, como os que permitem o jogo de azar, ou aliciam menores, não queremos que continuem a funcionar?, disse o tenente Olavo Vianei F. Nunes, coordenador operacional da Aifu, pela Polícia Militar.
Em um restaurante da rua Saldanha Marinho, os policiais encontraram uma garota de programa com 17 anos, além de uma máquina caça-níquel. A polícia prendeu a proprietária pelo aliciamento da menor e favorecimento à prostituição, pois, no local, estavam mais quatro garotas de programa. ?Além disso, o estabelecimento tinha alvará de funcionamento como restaurante mas não encontramos nenhum tipo de alimentação lá dentro, o que comprova que era usado como fachada para outras atividades?, contou o tenente.
A alguns metros deste restaurante, a polícia encontrou um bar que funcionava como fachada para uma banca de jogo de bicho. No mesmo local foi apreendida uma máquina caça-níquel. Uma pessoa foi presa e confirmou que vendia bilhetes de jogo do bicho. O proprietário não estava no local. O bar também não tinha alvará de funcionamento e foi fechado. Outro bar, também na Saldanha Marinho, foi fechado por manter uma máquina caça-níquel funcionando.
Um hotel, na Avenida Augusto Stelfeld, foi fechado e o proprietário preso, por desobediência. ?O local já havia sido embargado pela policia há alguns dias, por falta de alvará de funcionamento. O proprietário não cumpriu a ordem de fechamento, nem regularizou sua situação?, explicou Vianei.
Segundo o tenente, o horário da tarde foi escolhido estrategicamente porque estes estabelecimentos são mais freqüentados em horário comercial. ?O fluxo de pessoas em hospedarias e bares aqui é grande depois do almoço e temos a oportunidade de pegar o maior número de irregularidades?, explicou Vianei.
Reclamações
O delegado Clóvis Galvão, que coordena a Aifu pela Polícia Civil, explicou que é feito um levantamento prévio para verificar os problemas do local. ?Conversamos com comerciantes antes de fazer a operação e escolhemos os estabelecimentos comerciais com mais reclamações?, afirmou.
O dono de uma loja de produtos naturais, que não quis se identificar, contou que trabalha ali há mais de 10 anos e que, desde que alguns bares se instalaram na vizinhança, começaram os problemas. ?As pessoas que freqüentam estes lugares vêm para fazer baderna e acabam afastando os clientes. Ontem, por exemplo, entrou uma mulher bêbada aqui na loja fazendo escândalo três vezes. Por causa deste tipo de situação, nossas vendas caíram cerca de 40% de alguns anos para cá. É importante a ação da polícia para que possamos trabalhar?, disse.
