Os principais quartéis da Polícia Militar de Curitiba continuam trancados. As integrantes do Movimento das Esposas do PMs permanecem acampadas em frente aos batalhões.
Elas garantem que as atividades da polícia estão sendo inviabilizadas, pois 180 viaturas não estão circulando e a comunicação entre os policiais só está sendo feita por telefones celulares. O Movimento promete mudar a estratégia de ação e conseguir a adesão de mulheres de PMs do interior do Estado.
A principal reivindicação das mulheres é a mudança no projeto do Governo do Estado que prevê reposição salarial para os policias de forma escalonada. Índices que podem chegar a 130% seriam pagos como forma de gratificação especial em três parcelas, até 2005.
?Não aceitamos essa esmola que o governo quer dar?, disse uma das líderes do Movimento, Lúcia Sobral. ?Até aceitamos receber parcelado, mas tudo em 2003.?
As mulheres estão acampadas em frente aos quartéis desde quarta-feira à noite, e reclamam que ninguém do governo ou do comando geral da PM tentou contato para discutir uma contraproposta. A previsão é que projeto de reposição salarial seja enviado para apreciação da Assembléia Legislativa na terça-feira. Se isso acontecer, garante Lúcia, ?com certeza mostraremos aos deputados que não estamos satisfeitas com o projeto?.
Essa já é a terceira manifestação semelhante que as mulheres de PMs fazem no Paraná. No ano passado, por duas vezes, elas também fecharam quartéis em várias cidades do Estado.
Além da reposição salarial, as mulheres reivindicavam diversas melhorias para a categoria. Lúcia Sobral afirmou que, de positivo, conseguiram apenas alguns benefícios sociais como cestas básicas e evitar a punição e transferência de alguns policias militares.

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