Espírito Santo registra morte por febre maculosa

Rio (AE) – A Secretaria de Saúde do Espírito Santo confirmou o primeiro caso, este ano, de morte por febre maculosa. Os exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, encontraram anticorpos para a bactéria Rickettisia rickettsii, causadora da doença. A vítima, um homem de 37 anos, morador do município de Ibatiba, no sudoeste do ES, morreu em agosto. Outras duas pessoas podem ter morrido em decorrência da doença na cidade.

A família de uma das supostas vítimas não permitiu que fossem coletadas amostras para exame, portanto não há como saber qual foi a causa do óbito. Exames estão sendo feitos com material colhido do terceiro doente, também no Adolfo Lutz.

O secretário estadual de Saúde, Alberto Tose, descartou a possibilidade de surto e disse que não há razão para alarde. "Estamos passando orientações para evitar novos casos. Esta é uma doença que com poucos cuidados pode ser evitada", afirmou Tose, lembrando que é importante o diagnóstico rápido. Os profissionais de saúde estão fazendo treinamento para detectar sintomas da doença e identificar o parasita.

A Secretaria implantou um programa de monitoramento de casos das doenças chamadas "febril-ictérico-hemorrágicas" (como a febre maculosa, a dengue e a leptospirose) no norte do estado, numa área de 17 municípios. O primeiro caso de febre maculosa no Espírito Santo aconteceu em 1993, em Marilândia. Em 2000, houve um surto em Pancas. Três anos depois, o mal se alastrou também por Barra de São Francisco e Nova Venécia. Em 2004, foram notificados 120 casos suspeitos, com um óbito.

No Rio de Janeiro são cinco os registros confirmados este ano. Duas pessoas morreram. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve divulgar na semana que vem os resultados de exames de pessoas com suspeita da doença.

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