Três espetáculos ?censurados? para menores de 16 anos entram em cartaz a partir desta terça-feira (08), no Festival Nacional de Teatro ? Fenata, em Ponta Grossa. O espetáculo ?O Abajur Lilás?, com o grupo Anima de Teatro, de São Paulo-SP, será apresentado às 21 horas, no auditório da Universidade Estadual de Ponta Grossa, na Praça Santos Andrade, s/nº.
Na continuidade do programa, mais dois espetáculos também exigem a mesma ?censura?: ?Barrela?, na sessão de quarta-feira (9), e ?Álbum de Família?, que terá apresentação na quinta-feira (10).
Ainda nesta terça-feira o 33º Fenata apresenta três outras montagens programadas para as dependências do Teatro Marista (categoria para crianças), Calçadão da Coronel Cláudio (espetáculos de rua) e do Espaço Cultural Chic-Chic do Sesc-PG (mostra paralela). No Marista, que fica na rua Rodrigues Alves, 701, a sessão será às 14 horas, com entrada franca. As crianças poderão assistir à encenação do ?Auto do Alto?, com o Grupo Teatral da Escola Estadual Professora Maria Ângela Batista Dias, de Paraguaçu Paulista.
A Companhia Vate Katarse, de São Paulo, encena a peça de rua ?Socorro! É a expressão daqueles que estão por um fio?, a partir das 10h. Com a montagem ?Werther?, a Mostra Paralela marca a partir das 19 horas a presença do grupo ponta-grossense Teatral Coisa Nossa.
Abajur Lilás – ?Poeta do mundaréu? como é chamado Plínio Marcos não pode e não deve ser esquecido, porque ?ele é ?ele? e vai durar ? vai durar em nossa lembrança?, registra a atriz Maria Chiesa, em sua ?Ode ao Autor? da peça ?O Abajur Lilás?, montagem do grupo paulistano Anima de Teatro, com direção de Edu Ribas. Como coordenadora do espetáculo, Chiesa afirma ainda em sua ?ode? que ?Plínio quebrou as possíveis últimas convenções do nosso palco, instaurando uma dramaturgia poderosa, que marcará toda a geração surgida depois dele?, a exemplo do Abajur Lilás, onde a violência, a ganância, a pobreza, a humilhação, a podridão e a impunidade marcam o clima dessa obra do autor. A ação da peça envolve três prostitutas, cada uma com sua dor, a seu modo, com seus próprios motivos, batalhando por um ideal comum: a sobrevivência. Num pequeno quarto de mocó, elas dividem seus sonhos, medos, ambições e lutam contra a exploração cada vez maior e cruel do cafetão. (Duração: 65 minutos).
Auto do alto – Trinta e quatro atores se integram ao elenco da peça ?O Auto do Alto?, escrita e dirigida por Reginaldo Galhardo. Com apresentação da trupe da Escola Estadual Professora Maria Ângela Batista Dias, de Paraguaçu Paulista, a peça conta a história de uma criança que, distraída com as estrelas do céu, se perde dos foliões que se preparam para os festejos de ?Reisado?. Na busca de sua gente, então, ela se encontra com os encantos e mistérios da verdadeira história dos três reis magos, que viajaram de suas terras, seguindo a estrela-guia em busca do prometido dos céus. (Duração: 65 min.).
Campo de Batalha – A Companhia Vate Katarse, através do encontro entre duas máscaras da ?commédia dell?arte?, Capitão e Arlequino, abre uma roda na qual são compartilhadas situações vivenciadas no campo de batalha metropolitano, em ?Socorro? É a expressão daqueles que estão por um fio, escrita e dirigida por André Capuano e Tatiana Freire. Capitão Dominamundo, após descobrir que não sente mais nada, encontra Emília, que sente seu mundo cair. O exemplar homem-blindado e a faminta ex-empregada juntam-se em busca de socorro. Durante a conturbada procura, surge uma suposta provável história de amor. (Duração: 45 min.).
Coisa Nossa – De Goethe, com adaptação de Dado Lisboa, a peça ?Werther?, com o grupo teatral Coisa Nossa, sob a direção de Emerson Carneiro, fala dos sofrimentos do jovem ?Werther?. Obra literária que deu início ao romantismo na Alemanha, o texto trata das cartas que ?Werther? escreve para Wilhelm, onde confessa seu amor por Carlota, chegando ao extremo da paixão. (Duração: 70 min.).
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