Em apenas 12 dias um garoto tímido de Pato Branco (PR), conhecido como Alexandre Pato, assombrou o Brasil e virou candidato a estrela do Mundial de Clubes da Fifa, torneio que será disputado pelo Internacional em dezembro, no Japão. No domingo, os atordoados zagueiros do Palmeiras foram os primeiros a conhecer o potencial do jogador de 17 anos, que fez um gol, iniciou a jogada de outro, deu o passe para mais um, cabeceou uma bola na trave e infernizou a vida dos adversários em 57 minutos, tempo suficiente para deixar o campo quando o jogo, que acabaria 4 a 1, já estava 4 a 0.
Os dirigentes do Internacional, no entanto, já sabiam que tinham um diamante em suas mãos e trataram de adiar sua estréia no time titular até que o contrato estivesse renovado. O acordo foi fechado na quinta-feira da semana passada, elevou o salário do garoto de R$ 3 mil para R$ 15 mil por mês e, sobretudo, mudou o preço da transferência de 10 milhões para 18 milhões. Com a nova cotação, o clube já pode exibir seu futuro astro sem medo de perdê-lo por pouco dinheiro.
"Nossa cautela foi justificada", dizia, com sorriso matreiro, o presidente Fernando Carvalho, no domingo, sem esconder que estava maravilhado com a atuação do jogador.
A condição de fora de série de Alexandre Pato já é reconhecida pelos colegas, que vêem nele um jogador que reúne habilidade, velocidade, coordenação e força física ao mesmo tempo. A projeção pode ser ainda mais meteórica do que a previsão dos companheiros. Se jogar bem e voltar do Japão como campeão, Alexandre Pato estará se colocando entre os principais jogadores do País em pouco mais de um mês. "Fiz o que o Abel (Braga, técnico) pediu para sairmos com a vitória", explicou, ao desembarcar em Porto Alegre.
