O São Paulo terá de esperar até quarta-feira para saber definitivamente se contará ou não com Mineiro. A apenas dois dias do encerramento do prazo de transferências internacionais, os dirigentes vivem a expectativa de qual será o rumo do atleta.

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Após a vitória sobre o Rio Claro (2 a 0), no domingo, o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, avisou que procuraria o jogador para resolver o assunto de vez. De preferência, antes de quarta-feira. "Estamos confiantes em tê-lo conosco neste ano. O projeto é esse: trazer, o quanto antes, o Mineiro, que nem saiu", garantiu Leco.

Nesta segunda-feira (29), porém, a confiança deu lugar à dúvida, depois que a diretoria são-paulina não conseguiu localizar Mineiro. "Ele está incomunicável. Tentei várias vezes, deixei recado, mas ele não retornou. Não sei se ele está viajando", disse Leco, à Agência Estado. "Sem dúvida, isso nos deixa um pouco desanimados, mas enquanto não conseguirmos conversar direito com ele, tudo será palpite.

"Por enquanto, nós estamos apenas deduzindo que, se ele não for para o exterior, aceitará a nossa proposta. Mas a essa altura já não é nenhum absurdo imaginar que ele esteja realmente indo embora", emendou, preocupado, o vice-presidente do São Paulo.

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A confiança da diretoria são-paulina sempre esteve baseada na certeza de que o volante não arrumou nada melhor que a proposta tricolor de quatro anos de contrato, com salário de R$ 150 mil – e mais um bônus no ato da assinatura – e um plano de carreira dentro do clube para quando pendurar as chuteiras. Não é à toa que a camisa 7 permanece sem dono, esperando por ele.

Além disso, o nascimento da filha Giovana, na semana passada, fez aumentar o ânimo de dirigentes, comissão técnica e jogadores já que dificultaria ainda mais a adaptação de Mineiro ao rigoroso inverno europeu.

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A única coisa que incomoda a todos é o silêncio do jogador. Ao que tudo indica, os são-paulinos serão obrigados a controlar a ansiedade até quarta. Afinal, Mineiro não vai dar as caras antes do dia 31. Provavelmente, só falará nesse dia – se falar.

Até lá, ele continuará fugindo de eventos públicos como o desta segunda-feira à noite, quando deveria receber um prêmio pelo desempenho na conquista do Campeonato Brasileiro. Até o presidente Lula compareceu; Mineiro, não. Tudo para não ser pressionado antes do fim do prazo. Prova de que ele ainda tem a esperança que pinte alguma coisa que valha a pena.

Na cabeça do jogador, a tradição do clube, lá fora, pouco importa, o que ele quer é a tão sonhada "independência financeira." A mesma que levou o zagueiro Fabão e o meia Danilo para o Kashima Antlers, do Japão.

Mas o São Paulo não desistirá enquanto o jogador não anunciar oficialmente que está mesmo indo para a Europa. Tanto que o presidente Juvenal Juvêncio, mesmo acompanhando o "Expressinho" que excursiona pela Índia, permanece em contato direto com os dirigentes que ficaram no Brasil – liga sempre mais de dez vezes por dia.