Com o objetivo de discutir os grandes desafios do setor produtor de soja – desde as tecnologias de produção do campo até a logística e comercialização da safra – especialistas estão reunidos em Londrina até quinta-feira (8), no 4º Congresso Brasileiro de Soja, promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Soja), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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Segundo o presidente do congresso, Amélio Dall’ Agnol, são cerca de 1.200 participantes de todas as regiões produtoras do grão no País.. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, depois dos Estados Unidos.

Dall’ Agnol lembrou que as exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) respondem por mais de US$ 10 bilhões anuais, ou seja, cerca de 14% das vendas externas brasileiras. Além disso, sua extensa cadeia produtiva gera benefícios indiretos de US$ 50 bilhões.

"O produtor é muito bom dentro da porteira. Ele utiliza adequadamente as tecnologias de produção, mas na compra dos insumos, na compra das máquinas, e na venda do produto, ele ainda falha e é onde ele deve aprender mais".

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Segundo Dall’ Angol, a idéia é buscar alternativas para aumentar a lucratividade, transformando agricultores em empresários rurais, que saibam aproveitar melhor o potencial da cultura. Ele disse que hoje se produzem cerca de 3 mil toneladas por hectare, enquanto há dez anos essa produção era de 2 mil toneladas. "A meta é que nos próximos dez anos essa produção seja de 4 a 5 mil toneladas".

Ele afirmou que entre os grandes desafios está livrar-se de doenças como a ferrugem asiática, um dos temas que será amplamente discutido no congresso. As distâncias dos centros de produção e de comercialização de soja no país, aliada à predominância do transporte rodoviário, muito mais caro que o ferroviário e hidroviário, e a forma como esses fatores contribuem para incrementar os custos de produção e a perda de competitividade da soja brasileira no mercado internacional também serão debatidos.

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