Especialistas discutem revisão do Programa Espacial Brasileiro

Especialistas se reuniram, hoje, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, para iniciar as discussões sobre a revisão do Programa Espacial Brasileiro, determinado pela Agência Espacial Brasileira. O grupo deve fazer a revisão de cinco áreas que compõem o programa: observação da Terra, telecomunicações e Defesa, missões científicas, meteorologia e infra-estrutura. A expectativa é de que o governo federal destine pelo menos US$100 milhões.

Relatórios de cada área serão concluídos até o final do ano para então serem apresentados ao governo federal. “O programa é uma das prioridades do governo e o pedido do ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, é para que o orçamento seja de US$ 70 milhões”, explicou Luiz Carlos Moura Miranda, presidente da comissão de estudos e também diretor do Inpe. Por ano são destinados ao programa cerca de US$ 30 milhões. “A Índia investe 500 milhões de dólares ao ano. O programa tem que nos levar à autonomia tecnológica na área”.

Os grupos, formados por especialistas de diferentes órgãos federais, têm como missão apontar projetos, necessidades e prioridades de cada uma das cinco áreas. “A intenção é avaliar cada missão e depois definir prioridades”, informou o presidente da comissão de estudos.

Miranda explicou que as reuniões foram necessárias para estabelecer prazos e critérios para o início da pesquisa. Em 30 dias um novo encontro vai ser realizado para que os grupos apresentem tudo o que já foi levantado. “Este prazo é flexível para que não comprometa o conteúdo e a solidez das propostas por causa de cronograma”.

A partir da análise destes temas os resultados serão levados a um debate nacional em novembro, durante a Conferência de Ciência e Tecnologia que acontece em Brasília (DF). Também serão apresentados ao Ministério da Ciência e Tecnologia. “Existe uma sensibilidade do governo em investir nesta área já que o programa tem dado retorno à sociedade”. Como exemplo, Miranda citou a grande procura pelas imagens de sensoriamento remoto cedidas gratuitamente pelo Inpe à população.

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