Especialista pede estudo de impacto ambiental sobre aquecimento global

O especialista em geografia ambiental e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), David Zee, afirmou, durante o programa "Diálogo Brasil", apresentado pela TV Nacional em rede pública de televisão, que o governo brasileiro precisa preparar estudos de impacto ambiental sobre o aquecimento global.

Segundo Zee, é preciso estudar com bastante cautela a delimitação para edificação das cidades litorâneas no Brasil para desenvolver diagósticos e evitar catástrofes semelhantes ou piores do que o furacão Catarina, que atingiu o sul do país no começo deste ano.

"É com esse tipo de sinal que a natureza nos dá que devemos parar de nos espantar e começar a nos preparar para enfrentá-los", disse o professor, prevendo que fenômenos semelhantes podem voltar a ocorrer. A coordenadora do grupo de avaliação ambiental do programa Antártico Brasileiro (Proantar), Tânia Brito, reforçou a necessidade de investir em estudos e projeções sobre o impacto ambiental no país.

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, informou que estudos já estão sendo feitos sobre o impacto ambiental do aquecimento global, mas o número deles ainda é muito pequeno. Um grupo interministerial cuida das questões internacionais na área de meio ambiente.

Para o diretor de programas do grupo ambientalista Greenpeace, Marcelo Furtado, com a ratificação do Protocolo de Quioto – tratado internacional que pretende, entre outras coisas, diminuir a emissão de gases poluentes no planeta – as fontes renováveis de energia devem virar um "negócio lucrativo".

Segundo Furtado, que também participou do programa Diálogo Brasil, nesse negócio o Brasil leva vantagem, já que possui grande potencial energético. Ele prevê que os Estados Unidos, mesmo não assinando o termo de Quioto, devem se interessar por uma fatia desse novo mercado, não tanto pelos aspectos ambientais, mas por aspectos econômicos. "Não podemos deixar de fazer o dever de casa por conta dos Estados Unidos", defendeu o ambientalista, dizendo que mesmo se os Estados Unidos não aderirem ao acordo, o Brasil deve cumpri-lo.

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