Especialista afirma que mamar no peito é lição de disciplina para o bebê

Mães, pais, avós e até crianças participaram de uma palestra sobre amamentação nesta sexta-feira, na Boca Maldita, na tenda de atividades da Semana Nacional de Amamentação.

As palestras e o atendimento com médicos, pediatras e nutricionistas do Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno (Proama) da Prefeitura de Curitiba começaram na quinta-feira e vão até este sábado, das 9h às 17h.

Na palestra com a médica pediatra Hedi Muraro, da Unidade de Saúde da Criança, as mães descobriram que amamentar é a primeira lição de disciplina para o bebê. "É a primeira forma de ensinar que existem limites. O bebê descobre que tem hora de mamar e não mamar. Depois ele aprende que existe dia e noite, hora de estar com a mãe e hora de não estar", explicou Hedi.

A pediatra é uma das coordenadoras da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, que envolve unidades de saúde, hospitais, conselhos tutelares e programas de atendimento social da Prefeitura de Curitiba para a prevenção contra a violência. Segundo Hedi, o vínculo que se forma entre mãe e filho quando a criança é amamentada é uma barreira poderosa contra agressões futuras.

"Na maioria dos casos de violência, a mãe é a agressora, muitas vezes com a justificativa de dar disciplina para a criança", afirma a pediatra. "Mas não é preciso bater para ensinar. Os limites são construídos no dia-a-dia, aos poucos, desde os primeiros dias de vida do bebê", afirmou ela.

As vantagens da amamentação para a educação e para a saúde dos bebês é só um dos temas em debate na Boca Maldita. Quem passa pelo calçadão da XV de Novembro e pára na tenda da amamentação pode trocar idéias, receber orientação e até assistir peças curtas e divertidas de teatro.

A cabeleireira Dilmara Silva Seixas levou o filho Fabrício, de 8 meses, para conversar com as pediatras sobre alimentação complementar – tema principal da Semana de Amamentação deste ano.

"Ele ainda mama muito no peito, não gosta de mamadeira, mas eu já dou outras comidas salgadas", contou a mãe. A orientação da equipe da Secretaria de Saúde foi caprichar na qualidade dos alimentos. "A alimentação complementar deve sempre ser caseira, saudável e natural", disse a coordenadora do Proama, Claudete Closs.

E não só mulheres aproveitaram as dicas. Muitos papais que trabalham na região da Boca Maldita pediram informações às médicas. "Meu bebê tem 8 meses, e eu vou levar uns folhetos para minha mulher", disse Mauro Ganzert Filho, depois de uma rápida visita à tenda da amamentação.

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