A professora aposentada Luciana Aparecida Vieira Pinto, de 92 anos, morreu no último domingo de manhã, vítima de lesões cerebrais, supostamente provocadas por espancamento, em São José do Rio Preto, a 450 quilômetros da capital paulista.

A principal suspeita é a própria dama de companhia da vítima, F.A., 41, que há quatro anos cuidava da mulher. Filmagens feitas por uma microcâmera instalada no apartamento de Luciana mostram cenas de agressões sofridas pela anciã.

O equipamento foi colocado na residência porque os familiares já estavam suspeitando das investidas. Segundo a família, pequenas lesões arroxeadas vinham aparecendo no corpo da vítima havia pelo menos seis meses.

Nesta segunda-feira, duas empregadas do apartamento de Luciana foram depor na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Rio Preto. Andréia Aparecida Rodrigues do Prado, 26, que trabalhava há 8 anos no local, também como dama de companhia da professora aposentada, afirma que, no dia em que as imagens foram captadas, ela havia saído pela manhã. Ao voltar, Luciana já estava passando mal, sentada na cadeira de rodas.

Já a cozinheira Rosângela Sirino Leite Mazzon, 35, diz que a idosa foi agredida também durante o almoço. “Depois do banho, ela apanhou no quarto. Eu ouvia barulho de tapas enquanto a dona Luciana almoçava.”

As imagens gravadas pela câmera, oculta em uma luminária do espelho do banheiro, mostram uma mulher sacudindo a cabeça de Luciana (que está nua na cadeira de banho) em movimentos bruscos para a frente, contra a parede e para os lados, segurando-a pelos cabelos.

A vítima passou mal no mesmo dia em que foram feitas as imagens. Ela foi internada no Hospital Santa Helena por volta de 13 horas de quinta-feira passada.

A previsão do Insituto de Criminalística é de que a análise da fita contendo as imagens de agressões deva ser concluída nesta quarta-feira.

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