Escolinha do escárnio

Hoje é dia de escolinha no Museu Oscar Niemeyer. A ordem do governador, o ranzinza e enfezado mestre-escola de sempre, é que todo aluno que fizer gazeta sem apresentar motivo justificado para a falta, ao arrepio da urbanidade e do próprio Estatuto do Servidor Público, será punido com demissão sumária.

Apesar da ameaça recorrente, não consta dos anais da instituição que realiza suas atividades uma vez por semana, às terças-feiras, que a sentença retaliatória do governador tenha justiçado algum aluno relapso.

Nos últimos tempos, a escolinha tem atraído a atenção geral, tendo em vista os recursos brotados do histrionismo canhestro do governador, a quem todos os expedientes parecem lícitos, mesmo quando recheados de grosserias, meias verdades e ataques absolutamente descabidos aos cidadãos e instituições que decidiu inscrever no seu particular caderno de réprobos.

O último ato do insípido dramalhão foi o anúncio, corroborado em circular assinada pelo secretário-chefe da Casa Civil, como se nada mais oportuno houvesse para fazer na citada repartição, do sorteio de um ônibus entre os deputados estaduais que se fizerem presentes à aula de hoje.

Além da grave falta de respeito à isonomia dos poderes, pois os deputados não são obrigados a freqüentar a escolinha, a licenciosidade do apelo constituiu inegável escárnio à sociedade.

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