A Secretaria de Justiça e da Cidadania e Escola de Música e Belas Artes do Paraná assinaram convênio, nesta terça-feira, que prevê aulas de artes para internos da Prisão Provisória de Curitiba, no Ahu. O acordo tem por meta ressocializar os presos da PPC, inseridos no projeto Bem-Viver. “Essa é uma oportunidade do preso ter uma nova visão da sociedade, que um dia ele prejudicou e agora lhe presta atendimento para auxiliar em sua reabilitação”, disse o secretário da Justiça, Aldo Parzianello, adiantando que o sistema prisional do estado está “aberto a novas parcerias dessa natureza”.
A partir de outubro, os internos terão aulas de restauro de móveis antigos e de molduras, confecção de telas, pintura, música e outras atividades artísticas, nas oficinas e ateliês da prisão. Em contrapartida, alunos, professores e funcionários da Escola de Belas Artes, desenvolverão as ações do projeto voluntário da instituição denominado LibertArte. Na assinatura do convênio, Parzianello lembrou que os presos têm capacidade de aprendizagem 25% superior a quem está no convívio social.
O diretor da PPC, Lauro César Valeixo declarou que o programa é fundamental na mudança de comportamento do preso. “Numa avaliação informal, em cada 10 presos com problemas de convívio e que desenvolvem atividades de cunho artístico, nove conseguem adquirir um novo comportamento social”, registra. Valeixo também explicou que alguns cursos ministrados por voluntários da Escola de Belas Artes, terão apoio da Secretaria da Educação, no que diz respeito aos níveis de certificação profissional, como no caso de restauro de móveis.
Para a diretora da instituição de ensino, Anna Maria Lacombe Feijó, a Escola está “cumprindo seu papel na responsabilidade social”. A educadora tem planos de realizar apresentações musicais dentro da unidade, conforme a disponibilidade do sistema. Durante a solenidade, o Coral de Trombones e o Trio no Choro realizaram apresentações musicais, com a presença de autoridades e convidados