A venda subfaturada de uma floresta na região central do Estado em 2001 será um dos temas da Escola de Governo da próxima terça-feira (27). Por determinação do governador Roberto Requião, a Ambiental Paraná Floresta S.A. e a Minerais do Paraná (Mineropar) vão explicar o processo de venda da área e as ações do governo do Paraná para receber a quantia correta. O governador convidou o líder do PSDB, Valdir Rossoni (PSDB) para acompanhar a reunião da próxima semana.

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A floresta fica na Fazenda Leonópolis, no município de Inácio Martins, e tem 1,8 mil hectares, que fazem parte de um espaço maior, com 3,2 mil hectares. Toda área foi entregue ao Banestado pela Madeiriti Reflorestadora, como pagamento de uma dívida. Com a privatização do Banestado, a fazenda ficou com o Estado do Paraná, que a repassou para a Agência de Fomento. A área então foi cedida em comodato à Ambiental Paraná Floresta, que passou a administrar a área.

A madeira da floresta, estimada em 912.501 metros cúbicos, foi vendida para o Grupo Guararapes por R$ 3,2 milhões, em 17 de julho de 2001. Para o governador, a floresta valeria, no mínimo, dez vezes mais. Com base nessa constatação, foi determinado ao então secretário da Indústria e Comércio, Luis Mussi, que cobrasse o valor correto da área. As conversações, depois da denúncia do Governo Requião, acabaram chegando próximo ao preço justo. O Estado recebeu mais R$ 18 milhões ? R$ 12 milhões em dinheiro, 130 hectares de floresta, mais um plantio novo de madeira na área. ?Então, a floresta saiu por R$ 21 milhões?, diz Requião.

De acordo com o governador, a floresta valeria em torno de R$ 40 milhões. Requião afirmou que apesar de estar aquém da quantia correta, os R$ 21 milhões foram aceitos para agilizar o recebimento do dinheiro pelo Estado. Ele informou que pediu ao Ministério Público uma investigação da operação de venda da área. A intenção é investigar quem são os responsáveis pela venda subfaturada em 2001.

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