O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Paulo Lustosa, negou que
seja amigo de Antonio Pedreira, como declarou o ex-chefe do Departamento de
Contratação e Aquisição de Material dos Correios, Maurício Marinho, na gravação
que o denuncia recebendo propina. Na gravação, Marinho afirma que Antonio
Pedreira atua como operador de empresas interessadas em fazer negócios com os
Correios e que teria bom relacionamento com o presidente dos Correios, João
Henrique de Almeida, com o presidente do PTB, Roberto Jefferson, e com o
presidente do Senado, Renan Calheiros, além de ser muito amigo do ministro das
Comunicações, Eunício Oliveira, e de Lustosa. "Primeiro, não é meu amigo, porque
meus amigos eu escolho. E se quiser saber quem é meu amigo pergunte à minha
mulher que ela conhece bem", afirmou Lustosa, ao chegar ao Congresso Brasileiro
de Radiodifusão, em Brasília. Segundo Lustosa, o Ministério já fez o que tinha
que fazer em relação a esse caso, ao solicitar providências ao Ministério da
Justiça e à Controladoria Geral da União. Para ele a investigação compete, em
primeiro lugar aos Correios, que é uma instituição autônoma, embora vinculada ao
Ministério. "Fora disso, nós não somos nem juiz, nem polícia, nem Ministério
Público para estabelecer qual seria o julgamento desse pessoal", afirmou.
