Não se sabe se é para rir ou para chorar, mas as declarações do deputado Paulo Maluf (PP-SP), cristão-novo do arraial palaciano e um dos mais diligentes integrantes da coalizão governista, se revestem de acentuado escárnio à opinião pública, aliás, tecido sobre o qual o ex-governador e prefeito de São Paulo sempre regurgitou sua enjoativa prosopopéia.

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?Sou o homem mais puro deste País e meus atos sempre estiveram de acordo com a Justiça?, proclamou o deputado recém-eleito, que no ano passado ficou 40 dias trancafiado num cárcere da Polícia Federal em São Paulo, indiciado pelo Ministério Público nos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, na verdade, zombeteiras quinquilharias que o impoluto varão de Plutarco espana com um piparote.

Não é por acaso que se aponta para a atual legislatura com a desconfiança natural de que o cenário poderá ser pior que o anterior, sem dúvida, pelo constrangimento da presença de figuras como Maluf, Clodovil, José Genoino e João Paulo Cunha, entre tantas outras, apesar da operação-limpeza efetuada com inteiro louvor pelos eleitores, impedindo a reeleição de dezenas de envolvidos nas safadezas do mensalão e dos sanguessugas.

Resta ao cidadão cumpridor de seus deveres a tarefa indigesta – mais uma – de vigiar também a atuação dos congressistas. Era o que faltava!

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