O governo brasileiro espera apenas o salvo-conduto do Equador para enviar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) a Quito a fim de retirar o ex-presidente Lúcio Gutiérrez daquele país. A assessoria de imprensa do Itamaraty explicou hoje que o salvo-conduto envolve garantias de que Gutiérrez não será preso ao deixar a embaixada brasileira como, também, será transportado em segurança para o aeroporto. Como as fronteiras do Equador estão fechadas, o salvo-conduto negociado com o governo equatoriano trata de garantias para que o avião da FAB entre e saía do país em segurança.
A assessoria do Ministério das Relações Exteriores informou que, desde ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que fosse colocado de prontidão um avião da Força Aérea Brasília (FAB) para retirar do Equador o ex-presidente Gutiérrez. Segundo a assessoria do Itamaraty, o avião decolou hoje à tarde para Rio Branco (AC), onde a tripulação aguardará a autorização para resgatar o ex-presidente do Equador e sua família.
O salvo-conduto está sendo negociado diretamente pelo embaixador do Brasil em Quito, Sérgio Florêncio Sobrinho, com o governo local. Pela manhã, o chanceler Celso Amorim reuniu-se com o secretário-geral, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, e com o sub-secretário da América do Sul, embaixador Luiz Filipe de Macedo Soares, para discutir a transferência do ex-presidente equatoriano para o Brasil e a crise política instalada naquele país.
De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, o chanceler conversou por telefone pelo menos três vezes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com chanceleres de países da América do Sul. Por volta das 15 horas, Amorim deixou o Itamaraty e, segundo sua assessoria, não deverá dar entrevistas hoje sobre o assunto.
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