Envio da Força Nacional não está condicionado à chacina no Rio, diz Thomaz Bastos

A Força Nacional de Segurança Pública será enviada ao Rio de Janeiro após o
término do treinamento no Batalhão de Operação Especiais (BOPE) e não terá como
objetivo investigar a chacina que vitimou 30 pessoas na última quinta-feira
(31), na Baixada Fluminense. "Não é função da Força fazer investigação, mas um
policiamento ostensivo de ficar na rua e de intimidação em geral", diz o
ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

O ministro afirma que o envio
da Força Nacional para o estado não está condicionado à chacina. "A Força está
marcada para ir pro Rio desde o começo do ano. Não tem a ver diretamente com a
chacina ocorrida na Baixada".

Segundo Thomaz Bastos, ainda não há uma
data definitiva para que a Força comece a agir no estado. "Esperamos que seja o
mais rápido possível a finalização da reforma do BOPE para a Força fazer um
trabalho de ambientação no Rio e começar a atuar. Estamos preparando para fazer
uma chegada gradual".

O ministro disse que conversou hoje (4) com a
governadora do Rio, Rosinha Matheus, e lhe explicou que não haverá intervenção,
mas um trabalho conjunto "como fizemos no Pará e em Minas Gerais", citando os
casos de Unaí (MG), onde houve o assassinato de três auditores fiscais do
Ministério do Trabalho e de um motorista em 2004; Felisburgo (MG), onde, em
novembro, ocorreu o massacre de cinco assentados do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST); e Anapu (PA), onde foi morta em janeiro a freira Dorothy
Stang.

As investigações sobre a chacina estão sendo feitas em conjunto
pelas polícias Federal e estaduais. Segundo o ministro, foi formada "uma espécie
de força-tarefa e já existem três fortes suspeitos que se encontram presos".

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