A entrada das forças regulares do Líbano, ao lado da milícia do Hezbollah, na luta contra a ação das tropas de Israel pode provocar um efeito multiplicador no conflito.

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O presidente libanês, Emile Lahoud, admitiu pela primeira vez, nesta sexta-feira (21), que "o Exército está pronto para defender os interesses da nação". Lahoud foi mais específico, dizendo que "se não temos a força para enfrentar Israel nas linhas da fronteira, somos fortes, com sobra, no Interior do país".

Tecnicamente o Líbano, que se mantém em estado de beligerância contra Israel há 33 anos, não está em guerra aberta. Todavia, se as tropas nacionais de ambos os países entrarem em combate, estará caracterizado o conflito.

As implicações desse situação não são poucas. A primeira e mais grave conseqüência será a entrada da Síria nas operações. Os governos de Beirute e Damasco tem um abrangente acordo de proteção e apoio em caso de ataque ou violação territorial. Há compromissos do mesmo tipo firmados com o Irã, o Egito, a Líbia, o Iêmen e a Jordânia. Os militares libaneses contam com um bom contingente, de aproximadamente 72 mil soldados e 13 mil reservistas.

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