Brasília ? O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, apresentou hoje (1º) ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social um Manifesto pelo Desenvolvimento do Brasil. O documento foi elaborado por Fiesp e pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

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Além da redução acelerada e imediata da taxa básica de juros, Paulo Skaf defendeu a necessidade de um "choque de gestão" para acabar com os "desperdícios" nos gastos públicos. O documento também critica "a carga tributária excessiva, o câmbio valorizado e volátil, a carência de investimentos e de infra-estrutura configuram um quadro macroeconômico absolutamente hostil e na contramão das experiências bem sucedidas de desenvolvimento".

O presidente da Fiesp considera que não há motivos políticos na queda do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano, como revelou dado divulgado ontem (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Se tivéssemos contaminação da crise política, estaríamos com a bolsa em queda e o dólar em alta, e o que observamos é a bolsa em alta e o dólar em queda", afirmou. "O que temos é contaminação de falhas da política econômica, principalmente no que diz respeito à política monetária, que precisam ser corrigidas imediatamente para que possamos recuperar o que perdemos em 2005", enfatizou.

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Segundo Skaf, os empresários já haviam alertado o governo que os juros "absurdos" e a lentidão na redução da taxa de juros poderiam prejudicar o crescimento de 2005. "Em 2005, vamos ter um resultado que deve ficar entre 2 e 2,5%. No ano passado crescemos 4,9%. É metade do que a média de crescimento mundial, um terço da média dos países emergentes, um quarto do que a Argentina vai crescer este ano. É lamentável", disse o presidente da Fiesp.